Pfand. Pfand. Pfand. Pfaaaaaaaaaaaand! Aqui na Alemanha ouve-se muito essa palavra. Em tradução literal significa PENHOR. Sim, PENHOR (tun tun tssss pro trocadalho).

Por exemplo. Você vai a uma barraquinha do Weihnachtsmarkt (mercado de natal) tomar alguma coisa que utilize caneco ou xícara. Você paga o valor da bebida (exemplo: €2,50) e deixa outros €2,50 PENHORADOS. Quer dizer que você investiu o dobro? Qual a vantagem?

Aí é que mora o lado massa do negócio. Ao devolver o copo/caneco/xícara, você recebe de volta o seu pfand (os €2,50 que pagou a mais pra garantir que devolveria o recipiente). Uma forma de não deixar o lugar uma “zona” com canecos esquecidos em cada canto.

Mas além de organizar as coisas em ambientes abertos, como o mercado de natal, o pfand também serve para que o sistema de reciclagem alemão funcione muito! O povo compra refri, toma, e a garrafa vazia serve como parte do pagamento da próxima compra (média de €0,15 de desconto por unidade nova comprada). Vale pra garrafas de plástico, vidro, etc. Na Deutsche Welle, por exemplo, existem as máquinas que vendem os refris e as máquinas que RECOLHEM AS GARRAFAS VAZIAS! Você ganha €0,10 por garrafa devolvida.

Um fato interessante passei com amigos em Munique. Ao almoçarmos num autêntico Biergarten, compramos um caneco de 500ml de cerveja cada um. O caneco era muito bonito, custaria uns €10 em qualquer loja. Adivinha quanto nos cobraram de pfand? €1! Você pegava uma ficha vermelha e deixava €1. Ao devolver o caneco vazio, entregava a ficha e recebia sua moeda de volta.

Confesso que deu uma vontade imensa de “pagar apenas €1” por aquele caneco. Mas não fiz isso.

Aliás, deixo a pergunta aqui: se eu levasse esse caneco embora, mesmo tendo pago o pfand, seria considerado roubo? Julgue você mesmo, caro viajão. 😉