Esse é um dos lugares mais incríveis que já tive a oportunidade de visitar na vida. Tudo começou na ilha do sol há três milhões de anos, quando um vulcão explodiu e formou a Cratera de Ngorongoro, um espetáculo da Tanzânia.
A imensa cratera é, na verdade, um gigantesco vale, com uma área de 8.292 km² que abriga um ecossistema completo. Ou seja, mais de 40 mil animais – de espécies variadas – vivem ali dentro sem migrar. Eles nascem, crescem, se reproduzem e morrem sem nunca sair desse espaço. Enfim, um lugar maravilhoso que você precisa colocar no roteiro quando estiver planejando uma viagem à Tanzânia.
Como chegar à Cratera de Ngorongoro
A Cratera fica no centro-oeste do país, dentro da Área de Preservação de Ngorongoro, a 140 km de Seronera – uma das regiões mais visitadas por quem procura fazer safári no Parque Nacional de Serengeti.
Para chegar à Cratera, dá para contratar um transfer no Serengeti (veja com seu hotel) e ir de carro. Porém, a viagem é demorada porque a estrada é de pista simples e de terra, então, prepare-se para chacoalhar bastante. Mas, ainda assim, vale a pena pois é possível ver vários animais pelo caminho, já que grande parte do trajeto ainda fica dentro do Serengeti.
As taxas
Como a Cratera fica na Área de Preservação de Ngorongoro, assim que você passar a entrada oficial dessa Área, terá de pagar uma taxa de US$ 70,80 por pessoa (valor em março de 2024) por dia. Então, lembre-se de programar bem sua ida, para não pagar duas vezes.
DICA DE OURO!
Por exemplo: você sai do Serengeti de carro e planeja ir até Arusha, cidade que fica após a Cratera (onde há um aeroporto). Só de entrar na Área de Preservação, terá de pagar a taxa, mesmo que de passagem.
Logo depois, no dia seguinte, você planeja visitar a Cratera, fazendo o caminho inverso. Então, terá de voltar para a Área de Preservação de Ngorongoro e, dessa forma, vai precisar pagar DE NOVO a taxa.
Quem nos alertou sobre isso foi o gerente do nosso hotel no Serengeti. No nosso roteiro inicial, queríamos conhecer a Cratera de Ngorongoro e fazer o safári dentro dela apenas no dia seguinte. Mas, como teríamos que pagar duas vezes a taxa, ganhamos tempo (e dinheiro) visitando o lugar no mesmo dia do nosso deslocamento. Valeu muito mais a pena!
Indo de avião
Caso você esteja em Zanzibar (veja aqui como é desbravar essa ilha paradisíaca), ou Dar Es Salaam, e resolva ir direto à Área de Ngorongoro de avião, o caminho mais fácil é pegar um voo até Arusha (ARK – na sigla de aeroportos) e, de lá, contratar um transfer para te levar até a Cratera.
Conhecendo a Cratera de Ngorongoro, um espetáculo da Tanzânia
Sim, é possível entrar na Cratera e fazer um safári dentro dela para admirar as mais variadas espécies animais que existem lá. Para isso, é cobrada uma taxa para a descida da Cratera e ela é salgada, custa US$ 295 POR CARRO. Esse valor é pago juntamente com a taxa de visitação diária, por pessoa, que citei ali em cima.
Por estar numa Área de Preservação (o que é diferente de um Parque Nacional, por exemplo, que mantém as características naturais, sem interferências grandes), a Cratera de Ngorongoro sofreu algumas melhorias para o conforto dos turistas e dos bichos também. Atualmente, há uma estrutura construída na entrada para receber os visitantes (com banheiros e mirante) e, também, calçamento em todo o caminho de descida da Cratera, para facilitar o acesso dos carros.
Fazendo um safári lá dentro
A experiência de um safári, quando se chega à base da Cratera de Ngorongoro, um espetáculo da Tanzânia, é surreal. Acima de tudo, ela é um imenso vale pulsante com tons de verde e lagos imensos. Só o visual já surpreende.
Além disso, ainda é possível avistar os mais variados animais com muito mais facilidade do que fazendo um safári no Serengeti, por exemplo. Como o espaço é relativamente menor, a chance de você encontrar os Big Five (Leão, Búfalo, Rinoceronte, Elefante e Leopardo) é gigante.
Apesar de ter uma vasta infinidade de espécies animais, incluindo os flamingos, há alguns bichos que não entraram na Cratera no passado e, por isso, não existem lá dentro. É o caso das girafas e dos guepardos.
Na nossa aventura por lá, vimos gnus, zebras, elefantes, leões, impalas, búfalos, rinocerontes (estes dois últimos mais distantes)… enfim, muitos bichos incríveis.
Inclusive, flagramos algumas leoas fazendo “tocaia” para caçar zebras. Elas estavam agachadas na grama alta só esperando alguma zebrinha, que estava mais afastada, vacilar e se aproximar. Aguardamos uns bons minutos, mas as leoas desistiram e saíram dali.
O almoço na Cratera
É bem provável que, quando você reservar seu safári, estará incluída uma “lunch box”. E para desfrutar dessa marmita, o local oferece uma estrutura mais confortável para os visitantes. Por isso, há duas áreas de piquenique dentro da Cratera de Ngorongoro.
Seu motorista vai escolher uma e, dessa forma, será possível descer do carro e, então, sentar em mesas para almoçar. Isso vai deixar sua refeição bem mais confortável do que comer dentro do jipe, como acontece na aventura do Serengeti.
Você verá vários grupos dividindo o mesmo espaço. Todos vivendo experiências de safári bem diferentes, inclusive. Enquanto nós comíamos nosso frango com macarrão, usando talheres plásticos, uma mesa ao lado brindava vinho em taças de cristal. Ah! E almoçava em marmitas de inox. Definitivamente, se esse “conforto” for mais a sua vibe, não se esqueça de verificar esses detalhes quando reservar o passeio.
A subida até o mirante
Assim que o passeio termina, é hora de fazer o caminho de volta, subindo até a saída. Lá em cima, há um mirante espetacular para você apreciar a cratera inteira do alto. Tudo fica ainda mais lindo logo depois de ter visto tudo de perto, lá embaixo. Aproveite para caprichar nas fotos, dificilmente alguma vai sair “mais ou menos”.
O que achei da aventura
Definitivamente, a Cratera de Ngorongoro, um espetáculo da Tanzânia, é maravilhosa. Está figurando com força no meu Top 3 de situações mais incríveis que vivi nesse país tão lindo e acolhedor.
Valeu cada segundo estar lá dentro, cercado por montanhas e rodeado por bichos selvagens variados que, mesmo nunca saindo de lá, não pareciam querer saber o que existe do lado de fora.
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