Aí você está na cidade mais tradicionalmente espanhola da Espanha e pensa: “eu preciso ver uma apresentação de flamenco!”. Aí que te indicam o tradicional La Carboneria, que de tão mocado entre vias e ruelas intermináveis deve ser mesmo muito true, mais tradicional do que turístico.
Aí você senta em mesas compridas compartilhadas e viradas pro palco (se chegar cedo), pede seu “tinto verano” ou sua sangria e espera entrar aquela Penélope Cruz com flor no cabelo e fenda no vestido.
Aí que entra ela:
Desculpem o título, de um quê politicamente incorreto, mas foi impossível não apelidar essa ocasião de “dance-potranca-dance-coemoção”. E emoção é o que não falta numa apresentação dessas.
Pra gente que está acostumado a pensar em uma dança bonita, passos atraentes, catanholas e estamos mais próximos dos vizinhos do tango, é de espantar a fuerza de um legítimo flamenco, dramático, a dançarina se bate toda (mesmo com a roupa apertada) e o cantor lá trás é quem chora, canta tão chorosamente que dá até vontade de botar no colo.
Outra coisa muito engraçada era a mocinha mandando a galera calar a boca, entre um tapa e outro, bem durante a pausa dramática, ela se irritava com as “conversas de bar” e fazia a segunda voz com um “shhhhhhh”. Risos. Pena que essa parte não foi filmada! Fica aí uma amostrinha pros viajões.
eu achei ela parecida com a penelope cruz..