Aí você está em Atenas e pensa: “nofa, tenho que ir ao Museu Arqueológico Nacional, é a história dentro da cidade histórica”. Sim, uma experiência que cria um paradoxo da história dentro da história dentro da história…

Beleza, vai com sua família, todos felizes, ansiosos por ver de perto peças pré-históricas! E o lugar é grande, cheio de ALAS, coleções e companhia limitada.

A maior parte das peças fica atrás de vidros, logicamente. Até pra evitar que os brasileiros curiosos fiquem querendo tocar. Aquela coisa de ver pra crer, sabe? Acho isso um absurdo risos

Tem algumas coleções que estão ali, a alguns centímetros de você, mas com aquela plaquinha de DON’T TOUCH. Parece que se você tocar, vai DESINTEGRAR o objeto com seus dedos nojentos, porcos e CHEIOS DE PARTÍCULAS NOCIVAS À HISTÓRIA!

Confesso que sou meio viajão mesmo (e não é trocadalho com o nome do blog). Por mais que eu esteja deslumbrado de estar num lugar desses, a empolgação acaba em 5, 4, 3… e eu esqueço onde estou.

Aí sabe o que fiz? Enquanto meu pai tava de um lado, minha irmã do outro, minha mãe olhava algo mais perto de mim (eu já tava entediado). Fui chamá-la pra ver um negócio, APOIADO SOBRE UMA BANCADA.

Ela veio, falei com ela, e continuava DESCANSANDO (não tinha onde sentar, aí ficava escorado, sabe?). Nisso vem uma mulher loucamente veloz, me olha com cara de ODETE ROITTMAN e apenas balbucia UMA palavra: “please”. Com o rabo de olho, ela aponta pra BANCADA que servia como meu apoio.

Ups! Percebi que a bancada, na real, era uma TÁBUA DE MADEIRA RUPESTRE, de 2000 a.C., com uns desenhos de pré-escola pré-história risos.

Não sabia onde enfiar a cara. Tirei os braços rapidamente, pedi desculpas e gargalhei quando a mulher saiu. Ri muito! Não por ter desrespeitado algo tão antigo, mas por ter sido tão viajão.

Aliás, é isso que move esse blog, né? Ok, mesmo assim, podem me crucificar. 🙁

P.S.: Não consegui bater foto da TÁBUA RUPESTRE. Faltaram forças após a viajada.