Sabe que aqui a gente não tem problema em falar bem, quando achamos realmente bom, né? E também nos sentimos no direito de DESCER A LENHA (essa é velha) quando algo não nos agrada mess. Então, vou ali pegar os tocos de madeira usados para ativar um fogão daqueles de vó e fazer com que esses tocos cheguem a um nível um pouco mais baixo.
Sexta passada, já era madrugada de sábado na real, saí de um bar aqui em SP e resolvi, com alguns amigos, comer algo em algum lugar. Depois de pensarmos um pouco e de batermos com a cara na porta em uma certa lanchonete do palhaço, decidimos ir a uma das padarias mais famosas da cidade, que funciona 24 horas, a Bella Paulista.
A padaria é top, grande, sempre lotada, com boas comidas. E, olhando o cardápio, me deu vontade de comer um PETIT GATEAU às 4h da manhã! Quem nunca? risadas
Comer petit gateau em São Paulo eu acredito que não tenha horário, né? O problema mess é a qualidade do negócio. Jamais duvidei da qualidade de algo dessa padaria… até AQUELE MOMENTO! TAN DAN!
Em minutos, veio o gatozinho. Me impressionou a quantidade de sorvete no prato. Extremamente desproporcional ao tamanho do bolinho. Aí você pensa: “aí eu vi vantagem, aqui não tem miséria risos”.
Só que o problema vem quando você começa a comer. A qualidade do sorvete era tão ruim, mas tão ruim, que juro que pensei que os caras tinham congelado vários chicletes mastigados deixados no LIXO da padaria, feito uma mistura com açúcar (quem nunca passou açúcar num chiclete já mastigado e sem gosto e guardou no freezer, na infância, não sabe o que é DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL) e servido esse mix com calda de chocolate por cima.
Fiz exatamente a cara do bebê, na primeira foto do post. Era terrível. Sorvete pegajoso, grudava no céu da boca e podia ser MASTIGADO diversas vezes. Demorava pra derreter na boca. E aí você tentava compensar, comendo um pouco do bolinho, pra realmente sentir o gosto do petit gateau. O bolinho estava bom, mas o sorvete era terrível.
Um paradoxo tão absurdo, que tive vontade de ir no freezer da KIBON, abrir um pote de dois litros de sorvete de creme, e substituir por conta própria.
Acredite: acabei comendo TUDO. Mesmo sendo terrível. Fui hipócrita? Preciso fazer terapia?
Não me conformei que uma padaria daquela qualidade, servisse algo tão artificial. O sorvete, nesse caso, era apenas “gordura com sabor”. Só o bolinho se salvou. Mas era tão pequeno comparado à quantidade de sorvete…
Nada me tira da cabeça que aquele sorvete já estava passado e eles queriam se livrar dele, às 4h da manhã de sábado. Sim, os premiados fomos meus amigos e eu, que conseguimos experimentar o pior petit gateau do mundo. No fim das contas, até que fiquei orgulhoso da nossa escolha… Afinal, rendeu um post pro Viajão. 😉
Ecaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!