Que o país é um dos queridinhos quando se fala em turismo pela América do Sul, não há dúvidas. Por isso, é bom se organizar bem quando estiver preparando uma viagem ao Chile pra aproveitar ao máximo sua estadia por lá. Ainda mais se seu plano for visitar Santiago e Viña del Mar, por exemplo.

A serenidade no olhar de quem se organizou antes de ir 😛

Quanto tempo ficar?

Pra fazer essas duas cidades, acredito que uma semana seja suficiente. Você pode reservar uns quatro dias pra Santiago e uns três pra Viña del Mar.

Mas vale lembrar que, da capital chilena, é possível fazer um “bate e volta” para o litoral. São passeios que te levam pela manhã (a viagem dura 1h30min), em seguida passam pelos principais pontos turísticos de Viña del Mar e Valparaíso e retornam para Santiago à tarde. Sem dúvida é uma boa opção caso você tenha pouco tempo.

Qual moeda devo levar?

Em dezembro de 2018, R$ 1,00 era trocado por 174 pesos chilenos nas casas de câmbio que ficam próximas a Plaza de Armas, no centro de Santiago (estação Bellas Artes da linha verde do metrô). 

O clássico pulo na Plaza de Armas, em Santiago, antes de trocar dinheiro

Já US$ 1 custava 670 pesos chilenos. Lembrando, também, que nessa época o dólar turismo estava em torno de R$ 4,00. Então, fazendo uma simulação rápida:

  • Se você trocar R$ 100, receberá 17.400 pesos chilenos.
  • Se você trocar os mesmos R$ 100 no Brasil, antes de viajar, terá US$ 25. Trocando esses US$ 25 na cotação lá de cima, receberá 16.750 pesos.

Por isso, é bom você saber que só valerá MUITO a pena levar dólares para o Chile se você pagar menos de R$ 3,85 (já com taxas como IOF) na moeda americana aqui no Brasil. Senão, faça como eu e leve reais mesmo. 

Obviamente, você pode usar seus cartões por lá também, mas lembre-se que pagará taxas por transação internacional e que deve avisar a seu banco que estará viajando para o Chile. Assim, as compras serão autorizadas sem problemas.

Onde ficar em Santiago?

O mapa de Santiago é simples e a rede de metrô consegue te levar aos principais pontos turísticos, sem muitos problemas.

Escolhi ficar bem perto de uma estação, no bairro de Providencia. A região é bonita, perto do centro, com várias atrações famosas próximas, como Cerro San Cristóbal, La Chascona (casa de Pablo Neruda), Patio Bellas Artes…

A vista do apê!

Além disso, ainda alugamos um apartamento pelo Airbnb que tinha uma belíssima vista para a Cordilheira dos Andes. Custou o equivalente a R$ 500,00 por noite e acomodava até cinco pessoas! Em suma: valeu muito a pena!

Onde ficar em Viña del Mar?

Em Viña, fomos para passar o réveillon. Por isso, optamos por um apartamento confortável e mais perto da praia (apesar da água ser geladíssima, queríamos ver a queima de fogos).

Recomendo a seguinte região: perto do Cassino, na Avenida 2 Norte, entre a Avenida San Martin e a 2 Pte. Vale a pena, existem vários restaurantes em volta e a vibe é bem gostosa no verão (apesar das temperaturas serem geladas à noite e pela manhã).

No apê cabiam seis pessoas e o valor nesses dias perto do réveillon foi de quase R$ 800,00 por noite. Também reservado no Airbnb.

É muito caro turistar por lá?

De fato, enquanto eu estava preparando a minha viagem ao Chile, já tinham me alertado que este não é um país muito barato (ainda mais pra quem tem ido bastante pra Ásia, como eu RISOS).

Mas, se você mora em São Paulo, por exemplo, que é uma cidade mais cara, até vai achar os preços em Santiago meio parecidos.

Comida

Um sanduíche/hambúrguer caprichado (eles adoram e tem por todos os lados) pode custar uns 6.000 pesos (R$ 35,00).

O prato no almoço num restaurante bom pode custar uns 10.000 pesos (quase R$ 60,00). Só que cheguei a almoçar menu completo (entrada, prato principal e sobremesa) por 7.000 pesos (R$ 50,00). Aliás, o menu completo é uma boa opção porque muitas vezes vem até com bebida (água ou refrigerante) e sai mais em conta.

Delicioso prato com frango ao molho shitake, batatas rústicas e salada: 5.900 pesos

Dica!

Em Santiago, vá ao restaurante Victorino, em Lastarria. Atendimento excelente, sangria saborosa e pratos que me dão água na boca até agora. Peça ceviche, peixes (salmão) ou carnes e não se arrependerá.

Parte externa do Victorino <3 

Os preços de itens no supermercado (Líder Express, por exemplo) também achei parecidos com São Paulo. Ah, e se você alugar um apê no Airbnb, pode comprar coisas e tomar o café da manhã em “casa”. Rende uma boa economia.

Transporte

Já que você ainda tá preparando uma viagem ao Chile, saiba que para ter sucesso ao usar o metrô por lá é preciso carregar o bip Card antes, o cartão “bilhete único” deles. No entanto, as tarifas variam de acordo com o horário de uso – nos mais movimentados, é mais caro, logicamente.

Só o cartão custa 1.550 pesos e dá pra comprar em qualquer estação de metrô, por exemplo. 

Horário Bajo (segunda a sexta, metrô e trem)

 Das 6h às 6h29 e das 20h45 às 23h: tarifa de 650 pesos (R$ 3,75).

Horário Valle (segunda a sexta, metrô e trem)

Das 6h30 às 6h59, das 9h às 17h59 e das 20h às 20h44: tarifa de 700 pesos (R$ 4).

Horário Punta (segunda a sexta, metrô e trem)

Das 7h às 8h59 e das 18h às 19h59: tarifa de 780 pesos (R$ 4,50).

  • Aos sábados, domingos e feriados a tarifa é de 700 pesos (R$ 4) para trem e metrô; e de 680 pesos (R$ 3,90) para ônibus.

Ah! Antes de mais nada, um aviso: guarde bem seu bip Card. Se você perdê-lo, perde junto todo o valor que tiver dentro dele. Eles não reembolsam!

Não apenas de trem e metrô vive um turista no Chile! Vale também andar de Uber. O aplicativo funciona super bem e os preços são um pouco mais baixos do que no Brasil. Aprovei!

Ônibus de Santiago a Viña Del Mar

Para fazer o trajeto entre as duas cidades por conta própria, vá de Tur Bus. A companhia tem ônibus saindo de 15 em 15 minutos de três terminais em Santiago: Alameda, Pajaritos e Sul.

As passagens custam a partir de 3.000 pesos (R$ 20,00) e a viagem é rápida: dura 1h30, 2h.

Passeios e atrações

Um passeio até uma vinícola, por exemplo, como a que contei aqui que fizemos para a Undurraga, custou 23.000 pesos por pessoa (R$ 130,00). Fomos de van com outras pessoas, por meio de uma agência que contratamos em Santiago mesmo. Foi show!

Já a ida até Cajón del Maipo, também por agência, foi um pouquinho mais: 25.000 pesos por pessoa (R$ 145,00). Nos dois casos, as vans nos pegaram e nos deixaram nos locais que escolhemos (pode ser pega e deixa no hotel, pega no hotel e deixa em outro ponto de Santiago… você escolhe!).

Aos pés das Cordilheiras: Cajón del Maipo!

Aliás, reservamos tudo com o Ricardo. Ele é brasileiro, mora em Santiago e organiza os passeios que você quiser com as agências. Só mandar WhatsApp pra ele: +56 9 3647 1413.

Já em Santiago, por exemplo, para entrar no La Chascona, que é a casa de Pablo Neruda, o ingresso custa 7.000 pesos (R$ 40,00) – achei carinho esse.

Enquanto isso, subir os 300m do Sky Costanera, o mirante mais alto da América do Sul, sai a partir de 15.000 pesos (R$ 85,00) – e eu não quis ir! Achei caro e a vista do apê que estávamos já era boa o suficiente RISOS.

Arrumando a mala

Aliás, se você for no verão, como eu, além de levar roupas leves e frescas, coloque um ou dois casacos na mala (de mão, de preferência). É que pela manhã e à noite, o frio pega tanto em Santiago quanto em Viña del Mar. Em outras palavras: a gente sofre RISOS.

Dos 13 graus logo cedo, o sol leva pra 30 no começo da tarde e, quando a noite chega, cai pros 14. Inclusive, essa amplitude térmica imensa vai fazer você desejar seu(s) casaco(s) – se for a Cajón del Maipo, carregue um com você também!

Pronto, agora é só fechar a mala e boa viagem!