Acho que, para muitas pessoas, uma viagem para um país inédito começa pela capital, né? Pelo menos, é assim comigo. Quando fui atrás da Aurora Boreal, estiquei o roteiro pelas capitais dos países nórdicos – e um pulinho na Estônia, que, como você vai ver no roteiro, é quase inevitável.

É importante reforçar que “Escandinávia” e “Países Nórdicos” não são exatamente a mesma coisa (o que eu aprendi depois de algumas gafes pelo caminho). Mas não é um problema se você acabar usando um no lugar do outro. A Escandinávia, segundo a enciclopédia, é composta dos reinos da Noruega, da Suécia e da Dinamarca. Já os Países Nórdicos são: a Escandinávia + Finlândia, Islândia, Groenlândia, Ilhas Faroe, e as Ilhas de Aland.

Nesse roteiro, passei pela Noruega, pela Suécia, pela Dinamarca, pela Finlândia e pela Estônia, que já faz parte dos Países Bálticos, mas é muito fácil de visitar estando na região. Eu fiquei três dias inteiros em cada capital, e considerei um dia de deslocamento entre eles.

Rotas possíveis

Sua rota vai depender de onde for melhor para você começar a viagem. No meu roteiro (que você vai ver abaixo), eu comecei pela Noruega, porque precisava ir primeiro para Tromsø, por causa da temporada da aurora boreal. E fiz o maior número de trajetos de trem possível.

Além da sequência abaixo, outras rotas possíveis são de avião entre as cidades (óbvio, né, Rachel…) ou um navio entre Estocolmo e Helsinki. Depende se você quer ir em todas as cidades da região ou não.

Avião, trem e ferry: minha rota pelos países nórdicos

Noruega

Entre Tromsø, no norte do país, e a capital Oslo, eu fui de avião. Era começo de primavera e fiquei com receio das nevascas que ainda ocorrem na época impedirem alguma viagem de trem ou ônibus. É bem tranquilo ir do aeroporto ao centro de Oslo de trem.

Casas antigas e árvores sem folhas em rua vazia de Oslo.
Oslo é uma cidade charmosa e, em sua maior parte, bastante caminhável!

Aproveite a capital norueguesa para conhecer os muitos museus, a pista de salto em ski Holmenkollen, a Fortaleza Akershus e a Ópera de Oslo. Divirta-se com o transporte público que confia que você pagou o bilhete (então você só mostra se o fiscal pedir). E se prepare para a viagem de seis horas de trem para…

Suécia

…Estocolmo. A estação central de trem é ao lado da T-Centralen, uma das mais lindas estações de metrô que eu já vi. Ou seja, é fácil chegar ao seu hotel a partir da estação de trem. Tem muita coisa para conhecer em Estocolmo. Eu recomendo não perder o Palácio Real (que fica no Gamla Stan, o bairro antigo da cidade), o Vasa Museum (a história do fracasso de um navio que é um sucesso de museu) e o Skansen (um museu a céu aberto, que mostra a história da arquitetura e da cultura sueca).

Como eu mencionei acima, você pode sair de Estocolmo direto para Helsinque de ferry. Mas eu decidi ir de trem, mais seis horas, até…

Dinamarca

…a lindíssima Copenhague. A capital dinamarquesa é colorida, histórica, organizada, cheia de canais – e eu amei a cidade do minuto que saí da estação do trem. Embora seja importante informar que eu me perdi muito na estação de trem, que também é de metrô, e o bilhete é daqueles por duração que você só apresenta se te pedirem. E me perdi saindo da estação, porque estava deslumbrada com meus arredores e virei para o lado errado do mapa.

Barcos parados no canal no porto de Copenhague, com casas coloridas nas duas margens.

Eu amei a capital dinamarquesa e minha tendência é falar que vale a pena conhecer: tudo. Mas vale mesmo visitar os palácios reais (destaque para o Rosenborg e o Amalienborg), o Nyhavn, o Jardim Botânico, o Tivoli Gardens (um dos parque de diversões mais antigos da Europa!) e a fábrica da Carlsberg.

De lá, é um metrô até o aeroporto para voar para…

Finlândia

…Helsinque! E se você curte uma sauna, encontrou seu país. A Finlândia tem praticamente mais saunas que habitantes. Tem sauna até na roda gigante na beira do porto no centro da cidade!

Coloque no roteiro: a antiga fortaleza de Suomenlina (bate e volta de balsa a partir do centro da cidade), a Catedral de Helsinki, a Catedral Uspenski (a maior igreja ortodoxa no leste europeu) e a Temppeliaukio (também conhecida como Rock Church, porque foi escavada na pedra). Tem também uma capela bem bonita na região central e, basicamente, toda a arquitetura de Helsinque é encantadora.

Mas sabe um passeio que muita gente faz quando vai pra Helsinque? Um bate e volta para…

Estônia

…Tallinn. Pois é. Uma das principais atrações da cidade é visitar o país vizinho. Isso porque é possível pegar uma balsa de cerca de duas horas entre as duas cidades. Com saídas pela manhã e no fim da tarde, e com os dois portos com fácil acesso nas respectivas cidades, é um jeito de aumentar a lista. Até porque Tallinn é bem pequenininha. Mas eu aproveitei muito bem meus dois dias inteiros lá, caso você queira uma experiência menos corrida.

Rachel na muralha antiga de Talllinn.

Peguei a balsa pela manhã, junto com os vários finlandeses e estonianos que aproveitam o Duty Free da balsa internacional, e me dirigi ao hostel mais hostel que eu fiquei na viagem: só banheiro comunitário, do lado de um bar que só tocava música do começo da década de 1990. Mas a cidade, que foi parte da União Soviética até 1991, tem uma mistura muito interessante de “medieval” e “história moderna”. Inclusive um museu em um túnel que é um dos lugares mais legais que já visitei. Mas isso é história pra outro post

De Tallinn, eu peguei um tram no meio da rua (literalmente. O vagão para no rumo do ponto, mas na faixa central e você embarca entre os carros) até o aeroporto e encerrei o roteiro pelos países nórdicos (que também foi um pouco escandinavo, com uma parada báltica), já com vontade de voltar.

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