Bangkok é uma cidade encantadora. A Marina e o Xóia já tinham me contado que a Tailândia era um lugar lindo, que as pessoas eram simpáticas, que a comida era incrível e que antes mesmo de ir embora, eu já estaria planejando quando iria voltar. Mas eu não imaginava que eles estivessem tão certos.
Esse texto está um pouco diferente. Por isso, espero que você não se importe. É que, ao invés de dar dicas do que fazer em Bangkok (a Marina já deu várias boas aqui), eu queria contar como foi meu primeiro dia por lá. Porque era minha primeira vez na cidade, mas meus colegas de viagem já conheciam os pontos turísticos. Então, enquanto eles foram fazer massagem explorar novos bairros, eu fui sozinha conhecer o Grand Palace e o Buda Reclinado.
Comecei pelo Wat Phra Kaew, o Templo do Buda de Esmeralda, que é um dos mais sagrados da Tailândia. Ele fica na área da antiga moradia da família real tailandesa, o Grand Palace, onde ainda são realizados eventos governamentais. Na hora do almoço, a fila para entrar estava bem curta (o que não quer dizer que o local não estivesse cheio…) Toda a área é de tirar o fôlego. São vários templos e pagodas com decorações em pedras, em pinturas, em ladrilhos. Os olhos pulam de detalhe em detalhe sem cansar. Por mais que tudo fosse novo para mim ali, eu me senti visitando um lugar que era familiar. Como se a cada pagoda não fosse uma descoberta, e sim, um reencontro. O ingresso de 500 baht (cerca de $15 dólares) valeu muito a pena.
Uma comunidade pelo caminho
Nada como caminhar sozinha por uma cidade nova para… eu me perder. Saí por um portão diferente do que eu tinha planejado e me vi ao lado do Sanam Luang, um parque usado para eventos públicos. Em novembro de 2017, era destino de tailandeses que foram prestar homenagem ao rei Bhumibol, cuja cremação tinha ocorrido nesse parque poucos dias antes da nossa chegada a Bangkok. As filas para entrar no espaço eram impressionantes! O horário de visita estava quase no fim, mas as pessoas não paravam de chegar e de se cumprimentar. Velhos conhecidos unidos na despedida.
Passeio cultural feliz
Fui costurando entre os grupos e os outros turistas perdidos por uns bons dois quilômetros, debaixo do sol ardente da Tailândia, até chegar ao Wat Pho. Esse é um dos templos mais antigos da cidade e custa 100 baht para entrar (uns $3 dólares, dez/2018). A área onde fica o Buda Reclinado também é um complexo de pagodas e de pessoas que entram e saem com olhares deslumbrados.
Ok, talvez nem todos.
Como estava sozinha, aproveitei para tomar um sorvete e observar as pessoas, e aí, acabei ouvindo muitos comentários dos outros turistas. Ouvi muito português por ali (aliás, adorei encontrar tantos brasileiros explorando a Ásia), e muito alemão, francês e inglês. E tinha muita gente apressada, preocupada em ir para outro ponto turístico, fazendo checklist das atrações. Também tinha quem reclamasse da lotação do lugar e da fila, que é a sina de todo lugar popular. Mas fiquei chateada mesmo ao ouvir um grupo dizendo que aquilo era passeio para quem queria pagar de cultural. Poxa, um lugar tão lindo, tão cheio de energia positiva. Se o destino atrai justamente pela cultura, qual seria a alternativa a não ser conhecê-la? Para mim, é um passeio para quem quer se sentir feliz!
Depois de terminar meu sorvete (de qualquer sabor, menos o da fruta local durian! Tem gosto de alho…) e checar que meus ombros e joelhos não estavam à mostra (como é a regra nos templos), entrei na fila para ver o Buda Reclinado. Por menos de um dólar, você recebe um punhadinho de moedas (108, para ser exata. Uma para cada qualidade auspiciosa do Buda). Ali, a trilha sonora da visita é o barulhinho dessas moedinhas sendo jogadas uma por pote de metal em toda a volta do templo (com as pausas para foto que volta e meia acontecem). Na verdade, eu não descobri o porquê de fazer isso. Mas eu me senti muito presente durante aquela visita. Por isso, nem cogitei não participar daquele momento.
Um dia
Eu fui embora com esse som ressoando no meu ouvido – e tomando mais um sorvete, porque o calor estava demais. A manhã tinha começado no Wat Arun, um templo branco do outro lado do rio, e iria terminar com um bom pad thai, um prato de arroz frito tailandês. Um dia em Bangkok. Foi tudo que precisou para eu me apaixonar pela cidade.
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Achei interessante o ritual das moedinhas. Isso me fez lembrar da minha infância, pois na casa da minha avó tinha um Buda, que ficava num prato grande e ao redor daquela imagem haviam muitas moedas. Sei que é um comentário engraçado, mas com seu post me fez entender qual era o motivo daquelas moedas ali… (não era simpatia pra ficar rico…rsrsrs). Adorei o post!
Fico feliz que você gostou do texto! Adorei saber que te lembrou da casa da sua vó. Pelo que aprendi, a ideia dessas moedas é trazer boa sorte, então que essa sorte continue nos acompanhando!
Que continue acompanhando a todos nós! ? Gratidão! ?